quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A SALA

Em frente à janela, gradeada, de cortinas floridas.
Em meio à sala (aonde todos iam).
Ali, parado.
O sol vazado, tapete macio,
O cheiro impecável da madeira dos tacos.
Ao fundo, o quarto misterioso e desejado de minha avó.
O quarto onde ouvia histórias e meu corpo, seguro, se abrigava, quente, sob a manta: o “forninho” adorável.
Naquela sala, inalcançável mundo de tantos (onde vivi feliz !),
Eu tudo olhava, espantado, miúdo, infantil, captava tudo...
Ali, entre os livros e os quadros,
Eu me lembrava qual era a esquerda e
Qual era a direita do mundo...

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