Olhai-te-me
Num misto de medo e admiração
Olha-me
Como uma fera que devora a carne
Olha a ti
Vendo-me
De um ponto que nunca olhara antes
O desejo de esquadrinhar-me totalmente
Lasciva e ferozmente
De olhar-me
Sem distração
Encara-me !
Como a nau que vê a margem
Como a dor que vem à tona
Feito os olhos do sedento
Frente ao gelo que se funde
Como a boca livrando-se da mordaça
Ata-me e caça-me
Como um faminto num alimento se esbalda
Olha-me
Como um olho cego vê a luz
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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